Produção de mel de abelhas: segurança, qualidade e transparência

12 de setembro de 2024, por Riomel
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A apicultura, além de ser uma atividade econômica lucrativa para pequenos e grandes produtores, desempenha um papel fundamental na manutenção da biodiversidade. Um dos grandes desafios do setor é garantir a qualidade e segurança do mel que chega à mesa dos consumidores. Para isso, um dos principais mecanismos usados na produção de alimentos, inclusive no setor apícola, é a rastreabilidade.

A rastreabilidade é um processo que permite monitorar todas as etapas da produção do mel, desde o apiário até o consumidor final. Ao adotar esse protocolo, o apicultor assegura não apenas o controle de qualidade, mas também a segurança alimentar, o que é crucial tanto para proteger a saúde dos consumidores quanto para garantir que o mel atenda aos requisitos exigidos pelo mercado, seja ele local ou internacional.

O que é a Rastreabilidade?


A rastreabilidade é a capacidade de identificar a origem, movimentação e destino de um produto ao longo de toda a sua cadeia produtiva. No caso da apicultura, isso significa acompanhar todas as fases da produção de mel: desde a criação das abelhas, coleta do mel, processamento, embalagem, transporte, até sua chegada ao ponto de venda.

No Brasil, assim como em outros países, a rastreabilidade tem se tornado obrigatória para vários produtos, especialmente para aqueles voltados à exportação. Essa medida visa garantir a segurança dos alimentos e a transparência com o consumidor, além de facilitar o controle em casos de problemas de saúde ou irregularidades. Para os produtores de mel, a rastreabilidade é um diferencial de mercado que pode abrir portas, tanto no mercado interno quanto externo.

Benefícios da Rastreabilidade na Apicultura


Implementar a rastreabilidade na produção de mel traz inúmeros benefícios, tanto para o apicultor quanto para o consumidor. Vamos explorar alguns dos principais:

1. Segurança Alimentar


O mel é um alimento consumido diretamente, sem necessidade de processamento industrial para o consumo. Por isso, garantir a segurança alimentar é essencial. Com a rastreabilidade, o apicultor pode identificar rapidamente qualquer problema que tenha ocorrido em uma etapa específica da produção, como contaminação por pesticidas ou doenças nas abelhas. Isso permite uma ação imediata para retirar lotes comprometidos do mercado, evitando problemas maiores.

Além disso, em caso de problemas com o mel, o consumidor também pode verificar a origem e tomar decisões mais conscientes sobre a procedência do produto.

2. Transparência com o Consumidor


Cada vez mais, os consumidores buscam transparência na cadeia produtiva dos alimentos que consomem. Com a rastreabilidade, é possível garantir que o mel é produzido de forma ética, sustentável e com respeito aos padrões de segurança. Além disso, ao adquirir um produto rastreado, o consumidor tem a confiança de que está comprando mel autêntico e de alta qualidade.

Ao fornecer informações claras e verificáveis sobre o processo de produção, o apicultor fortalece sua marca e constrói uma relação de confiança com seu público.

3. Aumento da Qualidade do Mel


Monitorar cada etapa da produção contribui diretamente para a melhoria da qualidade do mel. A rastreabilidade permite identificar pontos críticos no processo, como a temperatura durante a coleta ou a higiene na extração. Com essas informações, o apicultor pode ajustar suas práticas para garantir que o mel mantenha todas as suas propriedades naturais e nutrientes.

A rastreabilidade também ajuda a identificar lotes de flores e safras que produzem mel com características específicas, como sabor, cor e consistência, otimizando a produção para mercados diferenciados.

4. Cumprimento das Normas Sanitárias


No Brasil, a produção de mel precisa seguir rigorosas normas sanitárias estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Essas normas garantem que o mel seja seguro para consumo e atenda aos padrões de qualidade internacionais, essenciais para a exportação.

A rastreabilidade facilita a conformidade com essas normas, pois mantém registros detalhados de cada etapa da produção, o que pode ser facilmente auditado por autoridades sanitárias. Isso também facilita a obtenção de certificações de qualidade e segurança, ampliando o mercado potencial do apicultor.

5. Redução de Riscos Operacionais


Apicultores que adotam sistemas de rastreabilidade estão mais preparados para lidar com riscos, como surtos de doenças nas abelhas ou mudanças bruscas na flora apícola que possam afetar a qualidade do mel. Através do monitoramento contínuo, é possível identificar problemas logo no início, evitando que eles comprometam toda a produção.

Além disso, em casos de recall de produtos, o sistema de rastreabilidade facilita a identificação dos lotes afetados, reduzindo prejuízos financeiros e danos à reputação do produtor.

Como Implementar a Rastreabilidade na Produção de Mel?


Para implementar a rastreabilidade, o apicultor precisa adotar um sistema de gestão que permita registrar todas as informações relacionadas à produção do mel. Esse processo pode ser feito de forma manual, utilizando planilhas, ou automatizada, com o uso de softwares especializados.

Aqui estão os passos básicos para implementar um sistema de rastreabilidade na apicultura:

1. Identificação dos Apiários


O primeiro passo é identificar cada apiário com um código exclusivo. Isso permite que o produtor saiba exatamente de onde vem o mel, facilitando a localização em caso de problemas.

2. Registro de Insumos Utilizados


É fundamental registrar todos os insumos utilizados durante o processo de produção, como alimentos suplementares para as abelhas, produtos usados no controle de pragas e doenças, além de qualquer outro produto que possa impactar na qualidade do mel.

3. Controle das Etapas de Produção


Desde a alimentação das abelhas até a coleta do mel, cada etapa deve ser registrada. Isso inclui informações como datas de colheita, condições climáticas, tipos de flores predominantes na área e cuidados tomados durante o manejo das colmeias.

4. Monitoramento do Processamento


Após a coleta, o mel passa por processos de extração, filtragem e embalagem. Todos esses passos devem ser registrados com detalhes, incluindo a temperatura de armazenamento, limpeza dos equipamentos e condições de transporte.

5. Identificação dos Lotes


Cada lote de mel produzido deve ser identificado com um código único, que estará presente na embalagem final. Esse código permite que o consumidor, ou mesmo as autoridades de saúde, rastreiem o produto até sua origem.

6. Uso de Tecnologias de Informação


Embora seja possível fazer o processo de rastreabilidade de forma manual, o uso de softwares de gestão é altamente recomendável, pois facilita a inserção e recuperação de dados, além de gerar relatórios automáticos e detalhados. Isso simplifica auditorias e torna o processo mais eficiente.

O Papel do Consumidor na Rastreabilidade


Assim como o apicultor deve garantir a implementação e o funcionamento correto do sistema de rastreabilidade, o consumidor também desempenha um papel importante. Ao adquirir produtos de fornecedores que adotam essas práticas, o consumidor incentiva a produção responsável e garante que está comprando um alimento seguro e de qualidade.

Os consumidores podem verificar se o mel que compram segue protocolos de rastreabilidade, buscando por informações nas embalagens, como o código do lote e dados sobre a origem do mel.

Conclusão


A rastreabilidade na produção de mel é uma ferramenta poderosa, tanto para apicultores quanto para consumidores. Ela assegura a qualidade e segurança do produto final, protege a saúde pública e fortalece a confiança do consumidor no que está consumindo. Para o apicultor, esse sistema se traduz em uma produção mais eficiente, segura e alinhada com as exigências do mercado moderno, garantindo, assim, maior competitividade.

Em um cenário onde a busca por produtos autênticos, sustentáveis e seguros está em crescimento, a rastreabilidade é um investimento que traz benefícios duradouros para todos os envolvidos na cadeia produtiva do mel. Afinal, mais do que um alimento, o mel é o resultado de um processo harmonioso entre a natureza e o trabalho cuidadoso do apicultor.
12 de setembro de 2024, por Riomel

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